Com
os quatro netos em férias e com as festas de Natal, o tempo
tem corrido ainda mais veloz....
Hoje,sem
netos, vou aproveitar para me despedir de 2016.
Começo
por referir algumas ocorrências desde a mensagem postada no
dia 11.
Na
escola do Bom Pastor, que a minha neta Marta frequenta, teve lugar,
no dia 16, uma feirinha de Natal com trabalhinhos feitos pelas
crianças e dinamizada pela escola e pela Associação de Pais e Encarregados de Educação que pediram o apoio dos mesmos. Assim passei a tarde na escola, numa das várias mesas onde estavam
expostos trabalhos
Logo
à entrada um presépio…
A
feirinha correu muito bem. A dada altura a minha neta foi chamar-me
para me mostrar o que tinham feito na sua sala- uns anjinhos,
enfeites de natal feitos com caixinhas
de papel frisado e pouco mais (esqueci-me de fotografar). Quis
comprar apenas as duas que ela fizera (cada uma custou 50
cêntimos...).Mais tarde voltou a procurar-me para me perguntar se
podia comprar outra coisa. Fui ver o que pretendia. Um caderninho
feito por alunos mais crescidos que,
explicou-me, serviria para escrever frases. Perante tão "nobre
finalidade", nem hesitei...Custou 2,5 €. Mal
chegou a casa começou a escrever frases tendo em conta as consoantes
que já conhece (e todas as vogais, obviamente).
Andava
um pouco triste porque alguns colegas já liam e escreviam melhor que
ela. Apercebi-me que a dificuldade residia em não associar o som das
consoantes às letras. Resolvi “criar” uma “cábula” para
ajudar, tendo em conta palavras que ela já conhecia bem. Funcionou
lindamente.
Eis a frase que escreveu logo que percebeu a “mensagem”
Na
noite do dia 16, teve lugar a peça de teatro “O principezinho”
que o grupo de teatro da escola apresentou com alunos desde o 5º ao
12º ano. O meu neto desempenhou muito bem o papel de bêbado. As
imagens estão muito fracas pois havia pouca luz e foram tiradas com o
telemóvel . Aqui ficam algumas.
A
partir de segunda feira fiquei com os netos, na maioria das vezes com
os quatro. Aproveitámos para ensaiar a nossa peça de Natal que, neste ano, teve como personagens o Pai Natal, o Menino Jesus, a árvore
e o anjo, Cada uma tentou mostrar a sua importância nas festividades
natalícias.
Deixo
alguns excertos do texto
(…..)
PN-
Agora que estamos todos e já que não há moderador, temos que
decidir quem começa falar
MJ,
anjo, árvore, todos em coro- Eu, Eu, Eu….
PN-
Assim não dá. Temos que arranjar um critério. Começa o mais feio.
Quem quer começar?
(silêncio)
PN-
Digam lá se eu não sou esperto..... (comenta para o lado). Então
começo eu. Nasci no século IV e represento o Natal.
MJ-
Calma aí! Eu nasci primeiro e também represento o Natal.
PN-Tudo
bem...Tu representas o Natal cristão eu o pagão.
Anjo-
Papão….Eu tenho medo do bicho papão…
Árvore-
Pagão! Eu também represento o natal pagão. Tu e o Menino Jesus
representam o Natal cristão…
Anjo-Eu
sou a figura mais importante do Natal.
Árvore-Eu
é que sou. Enfeito as casas e as cidades nesta época. Nova Iorque,
Londres, Paris, Porto...
Anjo-
Mas isso é o Natal pagão…Eu sou mais importante pois disse a
Maria que ia ser mãe.
(….)
Terminam todos a cantar e o José e eu a tocar ukulele
O
Natal, o Natal, vamos celebrar
com
Jesus no presépio
e
com o Pai Natal.
A
árvore enfeitada, o anjo a cantar,
assim
todos juntos vamos festejar
É
Natal, é Natal….
Na
segunda feira de manhã tinha uma consulta médica, precisamente à
hora em que tínhamos uma aula de música, de substituição, por
causa dos feriados de 1 e 8. Como não podia ir, o meu filho levou o
José, que no fim veio para casa de autocarro. Ele já está
habituado a vir do Carolina, mas são só duas paragens. Agora veio de
Lordelo e numa outra linha. Mas fez questão de vir sozinho e tudo
correu muito bem.
Na
terça à noite teve lugar o jantar de Natal do Agrupamento de
Escolas Carolina Michaëlis, que este ano teve lugar na Escola Irene
Lisboa. Estava bastante gente, nomeadamente professores já
aposentados. Foi um convívio agradável.
Na
noite de Natal fomos ao meu filho mais velho, que mora ao meu lado.
A minha nora é filha única, pelo que comemora a noite em casa
reunindo pais, sogros e alguns primos. O meu filho Nuno costuma
jantar em casa de um cunhado, onde se reúne a família da minha nora.
O
dia de Natal é sempre em minha casa com filhos netos, pais e primos
da minha nora Teresa.
É
após o almoço de domingo, que tem lugar a peça de teatro...
Durante
esta semana os netos estiveram cá por casa. Foram fazendo os
trabalhos que tinham para férias e, acima de tudo, brincaram e
conviveram. Ontem fomos ao cinema ver Vaiana de que deixo um pequeno
trailer...em que Moana ainda não tinha sido rebatizada de Vaiana...
https://www.youtube.com/watch?v=psu5zXwrKOc
E
foi precisamente ontem, que no fim do dia, ao tentar dar uma arrumadela no meu
escritório, que nestes dias ficou bastante desorganizado, deparei
com um postal de correio onde tinha colado uma história….Mas tenho
que recuar um pouco.
Há
cerca de 2 meses recebi um mail a Informar sobre uma iniciativa dos
CTT
CONVOCAM-SE
todos os interessados a participar na I edição de HISTÓRIAS EM
POSTAIS do Correio do Porto, que consiste em escrever uma história
(microconto/poema/aforismo/legenda) no verso de um postal. O postal
pode ser enviado em branco. O
mais importante é a história.
Dimensão
do postal: 10
x 15 cm Tema
da história: livre Sem
júri, sem custos, sem devolução
Data limite de envio: 31
de dezembro de 2016 Língua: nativa
As
obras serão alojadas e exibidas no Correio do Porto e divulgadas na
página do Facebook. Será realizada uma exposição em espaço
público em data e local a anunciar.O
Correio do Porto reserva-se no direito de não exibir as obras com
caráter ofensivo. As obras farão parte do acervo do Correio do
Porto.
Esta
iniciativa nasceu da resposta dada pela escritora portuguesa, Alice
Vieira,
sobre a possibilidade de existir uma literatura
postal: Nunca
tinha pensado nisso, mas talvez não fosse má ideia… O Gianni
Rodari tem
um livro com uma série de histórias muito pequenas chamado
“Histórias
ao Telefone”—
por que não “histórias em postais”?A
presente convocatória é a concretização daquela possibilidade.
Logo
que tomei conhecimento da iniciativa falei nela aos meus netos. A mais
pequenina, com 6 anos e 3 meses, tem uma imaginação prodigiosa. Se
agora ainda escreve pouco, à data ainda não escrevia mas
manifestou logo vontade de contar uma história. Contactei a
organização e fui informada que poderia eu escrever a história que
ela contasse. E assim foi.
Colei-a
no postal e nunca mais me lembrei do assunto. Ontem, quando vi o
postal fiquei triste porque os outros netos não fizeram nada,
essencialmente por culpa minha que me esqueci, mas também deles, que
nunca mostraram o entusiasmo da Marta. Decidi então escrever eu uma
história e mandá-la também.
Aqui
ficam as duas histórias que foram há pouco colocadas no marco do
correio.
Um
passarinho ainda bebé caiu do ninho para a rua. Umas pessoas que
passavam levantaram--no do chão e levaram-no para casa. Puseram-no
junto a uma janela e trataram-no.
A
mãe, quando chegou ao ninho e não o viu ficou muito aflita. Foi
procurá-lo, juntamente com um irmão mais velho.
Viram-no
na janela e começaram a bicar no vidro. O passarinho ficou muito
contente por ver a mãe e o irmão e começou a piar. Os donos
pensaram que ele piava assustado e agitaram uns lenços junto à
janela, espantando-os. O passarinho cada vez piava mais. Pensaram que
tinha fome e deram-lhe comidinha. Pensaram que tinha sede e
deram-lhe água mas o passarinho não sossegava.
Entretanto
a mãe e o irmão passavam por ali muitas vezes. Os donos perceberam
que deviam ser da família do passarinho. Então, um dia em que ali
passaram, os donos libertaram-no e ele foi muito contente para o seu
ninho. A mãe disse-lhe que ele tinha que aprender a voar muito bem
antes de tentar voltar a sair. Quando isso aconteceu ele voou até à
janela dos donos e foi agradecer-lhes dando bicadas na janela.
Marta
Gouveia )
Miríades
de luzes ofuscam o céu negro. Sons de foguetes rasam o ar.
Uma
criança grita, o olhar assustado em busca de abrigo- UMM...UMM1
…..
Uma
voz doce tenta tranquilizá-la.
-No
war. The war stayed away ... It's Christmas.
Mas
a criança não conhece aquela linguagem tão
estranha e retoma o choro aflito- UMM...UMM….
Eis
que mais alguém se apercebe do choro. Numa
linguagem ininteligível, mas plena de ternura fala com a criança. De
seguida chama em voz alta:
Uma
onda sonora propaga-se por entre a mole humana.
No
céu, as estrelas parecem brilhar mais intensamente.
Uma
mulher tenta abrir caminho por entre a multidão.
A
criança apercebe-se e grita UMM...UMM…
Quais estrelas,
brilham os olhos de mãe e filha
Um
abraço apertado sela o reencontro….
Regina
Gouveia
1
Mãe em árabe
2
Estrela e nome de mulher em árabe
Amanhã,
e como vem sendo costume, vamos jantar com uns primos, um jantar
calmo, a quatro….
No
domingo, juntarei toda a família no almoço de Ano Novo.
Termino
com uma foto do presépio montado pelos Sapadores Bombeiros, perto de minha casa, e com Chico Buarque, que ouvi há dias de manhã na rádio, na belíssima canção Minha história,que tenho em vinil e em CD. OriginariamenteGesù bambino a canção foi composta pelo cantautor
italiano Lucio Dalla.
Como anunciei na última mensagem, no dia 4 chegou um sobrinho meu. Com ele veio também um colega de curso. Ambos são engenheiros sanitários e vieram à Europa para visitar sistemas de tratamentos de lixo. Estiveram na Alemanha, na Itália, em França e em Portugal. Aqui visitaram uma empresa em Vila Nova de Gaia e ficaram impressionados pois a tecnologia usada é do mais moderno que há,
Chegaram às 10h. O meu sobrinhos tinha-me pedido para nos juntarmos todos em alguma ocasião durante a sua breve estadia, o que nós, obviamente, já tínhamos decidido. A única refeição conjunta possível era no dia da chegada,pois durante a semana só poderia ser ao jantar, que não era viável com as crianças em aulas, Por isso almoçámos todos logo nesse dia, embora eles se tivessem levantado às 3 da manhã para apanharem o voo de Lyon para Lisboa, onde fizeram escala. Tinham pensado descansar um pouco após o almoço, mas optaram por ir passear. O meu sobrinho já conhece razoavelmente o Porto, cidade que adora e onde gostaria de viver. Mas o meu filho Nuno fez questão de ir com eles, pois a cidade está diferente desde a última vez que o primo cá esteve, há dois anos.
O trânsito na Baixa estava impossível mas como os três adoram andar a pé, largaram o carro algures e caminharam. Por volta das 20 h fomos ter com eles à Cordoaria e regressámos a casa. Depois de jantar, o amigo foi-se deitar mas o meu sobrinho quis aproveitar para ficar um pouco mais à conversa connosco. No dia seguinte vieram buscá-los às 10 h para a visita acima referida. Foram convidados para almoçar, e quando acabaram o trabalho resolveram vir a pé de Gaia, passar pela Ribeira, subir até à Cordoaria e regressar a casa por Cedofeita. Chegaram à hora de jantar, extenuados mas muito bem impressionados quer com a tecnologia de ponta da empresa quer com a amabilidade das pessoas. No dia seguinte o programa foi idêntico mas com início às 9h.
Na quarta feira partiram, em voo direto do Porto para S. Paulo.
Como sabia que não poderiam levar muito peso, optei por enviar umas lembrancinhas muito leves.
E é aqui que entra o artesanato....
Com uns pedacinho de linho fiz umas saquinhas que pintei e onde coloquei umas saquetas de chá Gorreana, com um breve texto alusivo à fábrica, a 1ª da Europa a fabricar chá (quando estive pela primeira vez nos Açores,visitei-a ). Eis o texto composto a partir de dados colhidos na NET e uma foto com duas saquinhas( ao todo fiz 14)
Alguns
estudiosos sustentam que a Camellia sinensis, planta que está na
origem do do chá foi introduzida nos Açores em 1750, transportada
pelas naus que retornavam do Oriente. O clima ameno da ilha, com
chuvas bem distribuídas ao longo do ano, ausência de geadas e
insolação pouco intensa mostrou-se ideal para o seu plantio e
desenvolvimento. Numa área designada por Gorreana, o solo argiloso e
ácido permitiu a obtenção de um chá perfumado e de travo
agradável. Hoje o chá ali produzido, numa propriedade de 75
hectares, é valorizado por ser um produto ecológico, livre de
pesticidas, herbicidas e fungicidas. A fábrica Gorreana, que detém
o título de mais antiga fábrica de chá da Europa, produz chá
preto, chá verde e semifermentado.
Na quinta -feira, aproveitei a "embalagem" e comecei a fazer outras peças de "artesanato" a pensar nas prendas de Natal: sabonetes pintados, embalagens a partir de rolos de papel higiénico, mais uma "écharpe", .... Hoje continuei mas, a par disso, estive a preparar o almoço de amanhã que, para além dos dez habituais, vai contar com uns primos (cinco mais uma bebé de 18 meses) com quem estamos com frequência e necessariamente sempre na época de Natal.
Na foto, e para decorar, um raminho da minha buganvília do quintal
Fiz ainda uns presépio (criação minha) a partir de uma embalagem de ovos e um Pai Natal, a partir de um rolo de papel higiénico, mas estes são para levar numa visita que vou fazer na terça feira a um infantário.
Ainda não tirei fotos mas o presépio é idêntico aos que fiz em 2015 e o Pai Natal foi feito a partir deste site
Passemos à Arte...
Na quarta feira à tarde o meu neto tem ensaio de teatro na escola, após o qual vem para minha casa. Começou a vir sozinho de autocarro. Como a irmã só sai da escola às 17, 30, resolvi ir ao Bom Sucesso e aproveitei para visitar a exposição Porto com sentido, na Fundação Manuel António da Mota
.
Logo que entramos deparamos com este excerto de um texto de M. Teixeira Gomes,
Não conhecia alguns dos pintores representados na exposição. Para outros não associaria o trabalho ao pintor,como foi o caso de Nadir Afonso, cujas obras mais conhecidas têm um cunho inconfundível
Nadir Afonso
Gostei da maioria dos trabalhos mas destaco aqueles que mais me tocaram, para além do painel Ribeira do Porto, de Júlio Resende:
Carlos Carneiro, 1967
António Cruz,1949
Jaime Isidoro, 1989
José Rodrigues, sem data
Abreu Pessegueiro, sem data
Armando Alves (1985)
Termino com Porto sentido de Rui Veloso
e com o poema Passeio Alegre de Eugénio de Andrade, poema na página 8 do catálogo, num texto de Fátima Lambert
A minha amiga Virgínia Barros, uma excelente fotógrafa, dedicou ao
outono uma das sua últimas mensagens: Vale a pena passar por “lá”
Eu,
para além de não ser grande fotógrafa, ultimamente tenho o tempo
muito ocupado. Hoje, na rua, entre várias folhas belíssimas, estavam
sementes aladas de
cedro.
Algumas
sementes desenvolveram, ao longo da evolução, adaptações que
permitiram a colonização de novos ambientes, de forma bastante
eficiente.
Recolhi
algumas juntamente com folhas
É
também
no fim do Outono que
tem
lugar a
Semana de Ciência e Tecnologia que,
em 2016 foi a semana que se iniciou a 21.
Esta
semana terá que incluir o dia 24 de novembro, Dia
Nacional da Cultura Científica. Este Dia foi criado em 1996 em
Portugal e
foi
escolhido o dia 24 de novembro para a sua celebração pois foi neste
dia (em 1906) que nasceu Rómulo de Carvalho, o professor de Física
e Química responsável pela promoção do ensino de ciência e da
cultura científica em solo nacional e
também poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão.
Comecei
a semana com uma visita ao Infantário da Escola Bom Pastor . Fiz
alguns atividades com as crianças e no fim cada uma delas levou para
casa um disco de Newton.
Tive a preciosa ajuda da Associação de
Pais que os recortaram. Basta colocar um fio no orifício e fazer
girar o disco para que as várias cores se “mesclem” dando a
sensação de branco. A associação ao nome do grande físico
Newton, deve-se a que o mesmo fez estudos sobre a luz nomeadamente
sobre o arco-íris.
Terminei a semana no Colégio Santa Eulália,
visita solicitada pela PE.
No link poderão ver imagens do colégio e de várias iniciativas levadas a
cabo no mesmo.
Uma
delas é a “Casinha do escritor”. Cada escritor que por ali passe
terá que cortar uma fita para ter acesso à "casinha" onde se vão
acumulando fotos dos escritores que por ali passam. Deverá também
oferecer um objeto simbólico. Eu deixei um espectroscópio que fiz e
com o qual algumas crianças se deliciaram a ver o arco-íris.
Em
contrapartida, recebi uma oferta da escola, um
livro com poemas ilustrados,
tudo feito pelas crianças. Todos mereciam ser destacados mas são muitos pelo que incluo apenas um
Ainda
antes da minha intervenção tive direito a uma visita à escola
guiada essencialmente por dois alunos do 4º ano, a Ânia e o
Francisco
No
dia 28, celebrámos o 80º aniversário da mãe da minha nora Teresa.
Está muito bem apenas com problemas graves de artroses nos joelhos.
Foi operada há cerca de dois meses a um dos joelhos e já se
movimenta um pouco melhor.
Com
a música do Alecrim, cantámos-lhe uma canção alusiva à data. O
José e eu tocámos Ukulele e o Nuno flauta. Estiveram presentes
quatro gerações da família: filha, netos, sobrinhos, sobrinhos
netos e uma sobrinha bisneta. Estava muito feliz.
Na
5ª feira, que felizmente voltou a ser feriado, aproveitei para
descansar um pouco.
Daqui a pouco chega um sobrinho meu que tem vindo a
Portugal com alguma regularidade. Desta vez vem em trabalho. É
engenheiro sanitário e foi visitar algumas instalações na
Alemanha, em França e termina a visita no Porto. Vem com ele um
colega e ambos ficarão em minha casa. Infelizmente vêm por pouco
tempo pois dia 7 regressam ao Brasil. Mas vai dar para matar saudades…. Termino com Gedeão
Amargo
estilo novo
Tudo é fácil
quando se está brincando com a flor entre os dedos
quando
se olham nos olhos as crianças,
quando se visita no leito
o amor convalescente.
É bom ser flor, criança, ou ser
doente.
Tudo são terras donde brotam
esperanças,
pétalas, tranças,
a porta do
hospital aberta à nossa frente.
Desde que nasci que
todos me enganam,
em casa, na rua, na escola, no emprego,
na igreja, no quartel
com fogos de artifício e fatias de
pão besuntadas com mel
E o mais grave é que não me
enganam com erros nem com falsidades
mas com profundas,
autênticas verdades.
E é tudo tão simples quando
se rola a flor entre os dedos
Os estadistas não
sabem,
mas nós, os das flores, para quem os caminhos do
sonho não guardam segredos,
sabemos isso e todas as
coisas mais que nos livros não cabem.
Desde a última mensagem em que falei do encontro de Professores de Ciência e Tecnologia da UTAD não consegui arranjar tempo para escrever. Vou tentar fazer uma resenha de algumas coisas que acontecerem.
Logo no dia 14 e como geralmente acontece às segundas feiras, fui ao Ginásio. Quando regressei tinha um aviso para levantar uma encomenda nos correios do Carvalhido. Fui logo a seguir ao almoço. Tratava-se de um livro de Química para o 1º ano do ensino médio, no Brasil.
Há cerca de dois anos recebi um mail de um autor, pedindo autorização para incluir um poema meu num livro de Química e enviando em anexo uma minuta de um documento para eu assinar, caso autorizasse. Nesse documento era referido que logo que o livro fosse editado, me seria oferecido um exemplar
Não posso deixar de referir a diferença de comportamento deste autor, em relação a autores nacionais que têm colocado poemas meus em livros e nunca tiveram a gentileza de, pelo menos, me informar. Tenho tomado conhecimento sempre através de outros que por vezes me dizem: No livro... do meu filho está um poema teu....
No dia 16, de manhã, tinha uma consulta de rotina (oftalmologia) no Hospital de Santo António e à tarde mais uma sessão de um tratamento que estou a fazer. Assim, eu e marido, decidimos almoçar naquela zona . A consulta de oftalmologia foi breve e enquanto aguardava a hora de almoço fui visitar a exposição de Amadeo Souza Cardoso no Museu Soares dos Reis
A exposição recria a que Amadeo de Souza-Cardoso organizou em 1916 no
Porto(...)
e suscitou reações fortes. Houve quem
cuspisse nos quadros e mesmo quem batesse no pintor. Agora chegou a
vez da aclamação de um dos mais importantes pintores portugueses do
século XX.
A
exposição está em exibição no Museu Nacional Soares dos Reis até
31 de Dezembro e no Museu do Chiado, em Lisboa, a partir de 12 de
Janeiro de 2017. A mostra reúne 81 dos 114 quadros que o artista
reuniu na sua primeira grande exposição em Portugal.
Quando
Amadeo expôs a sua obra, mais de 30.000 pessoas viram-na em apenas
10 dias. Mas o sucesso de público esteve longe de corresponder ao
aplauso geral. A pintura de Amadeo não era compreendida e chocou a
sociedade portuense: que o artista devia ser internado foi o mais
brando que se ouviu nos jardins Passos Manuel, onde hoje é o Coliseu
do Porto.
A
escolha do local pelo pintor foi estratégica. Quem fosse ao cinema
ou aos chás dançantes deparava-se com os quadros de Amadeo.
Mas
a exposição original teve também o condão de pôr as pessoas a
discutir a arte moderna e Amadeo – um homem discreto por natureza –
pela primeira vez não se limitou a deixar a sua arte falar.
Acompanhou visitantes e jornalistas e deu mesmo entrevistas. Quando
chegou a Lisboa, o grupo do Orpheu, com Almada Negreiros à cabeça,
recebe entusiasticamente a exposição. Almada distribuiu um
manifesto pelos cafés onde afirma: “a Descoberta do Caminho
Marítimo p’rá Índia é menos importante do que a Exposição de
Amadeo de Souza-Cardoso na Liga Naval de Lisboa”.
Exageros
à parte, de um lado e de outro, o que não se pode negar é a
importância do pintor no panorama da pintura em Portugal e mesmo na
Europa nos primeiros anos do século 20, mesmo não tendo vendido
nenhum quadro no Porto e apenas um em Lisboa. Aliás, o aplauso veio
já depois da sua morte prematura.
Fui a Lisboa ver uma exposição de Amadeo, na Gulbenkian, creio que em 2006. Não me lembro de ter sido "alertada" para a influência da poesia de Rimbaud na obra de Amadeo. Nesta exposição é referida essa influência, que também o foi para ouros artistas
Na sequência do que anteriormente foi referido, deixo um poema de Rimbaud
Farto de ver. A visão que se reecontra em toda parte. Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre. Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões! Partir para afetos e rumores novos. ( in https://pensador.uol.com.br/poemas_de_rimbaud/)
Quando pesquisava a poesia de Rimbaud encontrei este vídeo, um breve relato da sua vida atribulada
https://www.youtube.com/watch?v=yD-fn7Vouw8
Na impossibilidade de fotografar a exposição tirei uma foto do jardim, a partir de uma janela
Na sexta feira fomos para Trás os Montes pois, como já tinha anunciado na mensagem de 13 /11, teve lugar na Biblioteca de Alfândega da Fé, uma apresentação dos meus dois últimos livros,
Terras de Cieiro foi apresentado pelo meu marido e, por António Fortuna, Quando o mel escorre nas searas
https://www.youtube.com/watch?v=9wFTaj9qbSQ
Conheci António Fortuna há vários anos. Professor de Física e Química em Vila Real, trabalhámos juntos em vários projetos de investigação na área da Didática das Ciências, coordenados pela Prof Dra Nilza Costa, da Universidade de Aveiro. Para além de docente, dedica-se à escrita, tendo vários livros publicados. No passado dia 12, quando do encontro em Vila Real, manifestou interesse em assistir à apresentação a que esta mensagem se refere, Convidei-o então para ser o apresentador do referido livro, convite a que generosamente acedeu de imediato.
Ao fazer uma brevíssima apresentação sua, li o soneto Livro, de um dos seus livros. Do mesmo retirei a sinopse biográfica que está muito incompleta, dado que desde 2006 até ao presente já publicou mais livros.
In A Chave do Degredo
Quando, na sexta feira, saímos do Porto em direção ao Nordeste passámos pela Adeganha, onde o meu filho mais velho iria passar o fim de semana com a mulher, os filhos, uns amigos e respetivos filhos (ao todo 11 pessoas). Almoçámos ali e depois seguimos para a Parada. No caminho passámos por um pinhal onde apanhámos algumas sanchas que cozinhei logo que cheguei à Parada
As sanchas são seguramente os cogumelos mais apanhados em Portugal e uma das espécies em que as pessoas têm mais confiança. Há muitas pessoas que apenas apanham esta espécie.
As sanchas crescem nos pinhais. Eu prefiro procurá-las nas bordas dos pinhais, principalmente nos locais mais húmidos. Tem um sabor muito característico e intenso
( in http://descobrir-vilaflor.blogspot.pt/2010/11/cogumelos-sanchas-lactarius-deleciosus.html)
A paisagem estava lindíssima mas o tempo foi escasso e, como choviscava, as poucas fotos que tirei estão fracas
No sábado, após a apresentação fomos para a Parada. Fomos convidados para jantar em casa da Isabel, de quem já aqui falei várias vezes. Levei sanchas e uma sobremesa feita com peras de um quintalzinho que ali tenho.
O serão foi muito agradável, como o são todos os serões em casa da Isabel....
O meu filho fez questão que no domingo fôssemos almoçar com eles à Adeganha. Levei também sanchas e todos se deliciaram... Ao fim da tarde regressámos ao Porto.
Até 10 de Janeiro de 2010 esteve patente na Casa da Cultura Manuel Lueiro, em O Grove, Galiza, uma exposição de trabalhos de alunos da galeria Utopia .
Participei com os dois trabalhos anexos; no dia da inauguração tive a agradável surpresa de ver que o cartaz (1mx2m) que anuncia a exposição foi construído com a imagem do 2º quadro.
Quadros na exposição em Grove
Imagem que figura no cartaz
cartaz da exposição em Grove
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Livros que publiquei ou em que participei por convite
Há ciência e poesia nas coisas do dia a dia
Tamanho XXS
Quando o mistério se dilui na penumbra
Para mais tarde recordar
Requiem pelo planeta azul
quando o mel escorre nas searas
revista Philos 2017
revista Philos 2014
O bosão do João
Sete Luas
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Terras de cieiro
Entre margens
Pelo sistema solar vamos todos viajar..
Ciência para meninos em poemas pequeninos
Breve história da Química
Era uma vez...
Magnetismo...
Reflexões...
Estórias....
Se eu não fosse....
Um poema para Fiama
Os dias do Amor
Uma viagem para Pasárgada
Cancioneiro Infanto- Juvenil...
Fiat Lux
O amor em visita
A Terra de Duas Línguas II.Antologia de Autores Transmontanos
Por longos dias, longos anos, fui silêncio
antologia
Entre o sono e o sonho
Textos on-line
Estão disponíveis on-line: -Magnetismo Terrestre (livro de poesia) -Reflexões e Interferências (livro de poesia) -Estórias com sabor a nordeste (livro de ficção) -Einstein (poema) -Se eu não fosse professora de Física. Algumas reflexões sobre práticas lectivas(didáctica) -Vou-me embora para Pasárgada (conto)
Como todos nós, feita de pó de estrelas, estou apenas de passagem nesta fantástica viagem desde um passado remoto até um futuro ignoto.
(Para saber mais consultar a página CV)